A mise en scène no cinema - Do clássico ao cinema de fluxo

Conteúdo e Estrutura

Abordagem Histórica e Crítica

Oliveira Jr. investiga como a mise en scène se tornou uma ferramenta teórica fundamental na crítica cinematográfica, especialmente a partir dos anos 1950, quando a revista Cahiers du Cinéma a adotou como um conceito central. O autor discute a definição clássica de mise en scène e como ela se transformou ao longo das décadas, culminando nas noções de cinema de fluxo e filme-dispositivo que emergiram no final dos anos 1990. Esse período reavivou o debate sobre o "fim da mise en scène" e a possível substituição por novas estratégias conceituais.

Análise de Diretores e Estilos

A obra também articula a teoria com a prática da análise fílmica, avaliando a mise en scène em escritos de cineastas clássicos como Rivette e Rohmer, assim como de teóricos contemporâneos como Jacques Aumont e David Bordwell. Além disso, o autor analisa os estilos de encenação de diretores de diferentes épocas e escolas estéticas, incluindo Otto Preminger, Joseph Losey, Claire Denis e Hou Hsiao-hsien, oferecendo um panorama diversificado sobre como a mise en scène se manifesta em suas obras.